quinta-feira, 30 de abril de 2015

A Peixaria e a Família Mercado

Por: Yan Tavares
Edição: Amanda Barreto

     Mateus dos Santos Estrela, tem na da venda de peixes no mercado, o seu único sustento há 18 anos. O pescador falou sobre a dificuldade com a queda no movimento, devido à mudança dos camelôs, “É como se fosse uma família, um depende do outro, Se formos mesmo sair, tem que ser todo mundo junto”, comentou Mateus sobre a relação entre camelôs, feirantes, peixaria e todo o em torno. 
     Ele ressalta ainda que não acredita na conclusão da obra, “Sei que a obra é preciso, mas acho que se sairmos, não voltamos mais, na verdade tenho dúvidas se essa obra realmente vai acontecer. “

"Tudo era lama", diz Pernambucana

Por Amanda Barreto
Edição: Yan Tavares

     Marlene da Silva é Pernambucana; Nordestina retirante que veio para o Sudeste em busca de oportunidades. Quantas histórias essa mulher de fibra não carrega na bagagem? Quanto de vida essa mãe, viúva e feirante não transparece no sorriso?
   Quando Marlene chegou ao Mercado, tudo era lama, barraquinhas montadas e um ensurdecedor sino às três da tarde. As palavras e o brilho nos olhos dessa Nordestina arretada, você confere nesse vídeo, gravado em sua - muito bem arrumada - barraquinha no Mercado.






Feirante de Tradição é Contra a Reforma

Por: Romário Júnior
Edição: Yan Tavares
    
   Jorge de Souza, mais conhecido como "Jorginho da laranja", há 34 anos trabalhando no mercado, fala como representante da sua família no mercado municipal. Jorginho é mais um ao contra a mudança somente da feira livre do mercado municipal, ele também compartilha da ideia de que deveriam sair todos juntos, e conta como essa mudança irá prejudicar o rendimento da sua venda de verduras, legumes e frutas.


Transição de Local

Por: Geovana Barcelos
Edição: Yan Tavares

     Há 23 anos trabalhando no shopping popular, Frederico dos Santos Henrique é atualmente, o presidente da associação dos camelôs. Ele afirma que os camelôs, de uma certa forma, participaram da escolha do local no qual se encontram provisoriamente, que porém não correspondeu às expectativas. "Nossa venda caiu em média 70%, e estamos preocupados com o andar da obra de retorno".

 Continua...

quarta-feira, 29 de abril de 2015

Família Mercado

Por: Yan Tavares
Edição: Amanda Barreto

  Edenílson Souza Silva, o "Ninil da peixaria", fala como representante dos peixeiros. Ninil afirma que haverá resistência à saída, e fala até mesmo em manifestações. 

   Ele é mais um, dentre tantos permissionários, que não acredita nas promessas em relação à obra, e compartilha da ideia de que devem sair todos juntos do mercado.



A Crise e a Mudança de Local

 Por: Geovana Barcelos
Edição: Yan Tavares

   Há 24 anos no camelô, seu Antônio de Almeida, diz que em sua opinião, que a diminuição do movimento não é só culpa da mudança de local, mas sim de uma crise geral.



terça-feira, 28 de abril de 2015

O Pão de Cada Dia

Por Leandro Neves
Edição: Amanda Barreto

   

    O Mercado Municipal de Campos dos Goytacazes é a fonte de lucro de muitas famílias. Famílias que em sua maioria, tem todo o seu sustento vindo do local. Este é o caso do patriarca e feirante Norberto, que há 43 anos está no mercado. Norberto da Silva Santos, mais conhecido como Beto da Laranja, tira todo o sustento de sua casa vendendo frutas e verduras, como faziam seus antepassados.      
     O vendedor, que já foi administrador do Mercado por um ano, diz que é plenamente a favor de uma reforma no local, mas teme o paradeiro dos feirantes após a reforma: ''todos sabem que uma reforma é realmente necessária, mas o que de fato amedronta a nós, feirantes, e faz com que muitos tenham medo, não é a reforma em si, mas o nosso retorno'', relatou.                                




"Aqui é minha vida", diz a feirante mais antiga do Mercadão

Por: Amanda Barreto
Edição: Yan Tavares

     A história dessa jovem senhora de 90 anos se confunde com a do próprio Mercado Municipal. Nadir Cardoso cresceu e criou seus filhos pelos corredores do Mercadão. Dona de uma vitalidade invejável, ela carrega em cada marca do seu rosto, o orgulho de fazer parte desse lugar.






segunda-feira, 27 de abril de 2015

A Queda nas Vendas nos Últimos Anos

Por: Alexandre Henriques
Edição: Yan Tavares
   
    A atual situação do Brasil, traz muitas preocupações à toda a população. Cada um refém de seu emprego, para garantir muitas vezes não apenas o próprio sustento, mas o de toda família.
    Seu Ananias tem 65 anos e trabalha na feira do Mercado Municipal de Campos há 49, vendendo ovos brancos, de codorna e caipira.
    Ele diz que o movimento caiu bastante nos últimos 10 anos, em sua opinião, devido à crise que vem afetando todo o Brasil, e também à concorrência com os supermercados, onde você faz suas compras, com opções diversas, e tem mais facilidades na hora de pagar. "Vejo hoje em dia, um consumidor mais cauteloso, preocupado com o preço, mas procuro fazer sempre o melhor possível", relatou.
   O feirante opina ainda sobre a situação de seu local de trabalho a mais de quatro décadas, "É preciso melhorar em todos os aspectos, para isso são necessários muitos reajustes, como por exemplo o estacionamento - se melhorado o acesso, maior será a clientela. Para atrair novos clientes, precisamos de um novo mercado." 


domingo, 26 de abril de 2015

Olha a laranja é Laranja, doce é doce... Tá docinha!!!

Por: Aline Mendes
Edição: Yan Tavares


   Quem nunca ouviu esse bordão no Mercado Municipal? 
 Há 13 anos, Elton Gomes de Souza, 32 anos, é vendedor de laranjas no mercado. Começou como funcionário, depois conseguiu abrir sua própria banca. Apreensivo com as mudanças que acontecerão, ele nos fala de suas incertezas.
   “Estou aqui há mais de 10 anos e não acredito muito nessa obra, penso que se sairmos daqui não mais voltaremos’’. 
  

                                                    

    Apesar da ideia de um novo espaço para trabalhar, Elton não tem boas perspectivas. 
   “No espaço provisório, os pontos são menores, não há estrutura. Concordo em sair daqui por melhorias - que realmente são necessárias - desde que realmente voltemos todos ao nosso lugar. Só não concordo com a saída, se for para deixar alguns de nós sem trabalho, pois muitos aqui tem apenas esse meio de sustento para sua família’’.
   Ainda não existe uma data para a mudança, e o vendedor prefere que tudo fique como está. “Acho que se não mudar, será melhor, porque todos nós já estamos posicionados e adaptados. Nossos clientes já sabem onde nos encontrar, e somos uma família”.

  Foto: Helvio Cordeiro

Feirantes Dividem Opinões Sobre Projeto

Por: Jhonny Diorel
Edição: Yan Tavares
     
     Com mudanças previstas pra acontecer no Mercado Municipal, os feirantes de Campos vem dividindo opiniões entre si. Alguns querem mudanças urgentes para melhoria do local, outros porém, pensam em apenas algumas mudanças, como por exemplo, na estrutura.
     Com algumas divergências, desentendimentos e questões adversas, o que resta aos trabalhadores, é a falta de condições dignas de trabalho, problemas como espaço e falta de higiene, ora fruto da falta de funcionários competentes à limpeza, ora proveniente da falta de zelo dos próprios permissionários, assolam mercado e camelô.
    Filho do feirante João Albano, há quase 30 anos no mercado, Jonas Albano ajuda o pai aos finais de semana, na seção de verduras, legumes e frutas. Jonas revela estar satisfeito com a atual estrutura encontrada no interior do mercado, e com as condições em que trabalha.
   Já o feirante Lúcio Rangel de Souza - também conhecido como "Galo" -, espera por mudanças significativas e urgentes, pois segundo ele, as atuais condições ali encontradas, não são nada agradáveis e satisfatórias para os trabalhadores e consumidores, o que em sua opinião, tem motivado a queda  acentuada nas vendas de todo o mercado.
   


sábado, 25 de abril de 2015

Moça Bonita não paga, mas também não leva!

Por: Aline Mendes
Edição: Yan Tavares 


    O vendedor de biscoitos, Amaury Pereira da Silva, 54 anos, com quase três décadas trabalhando Mercado Municipal de Campos, acredita que as mudanças para as obras do mercado devem prejudicar as vendas dos feirantes.

    “Penso que essa restauração será um processo difícil e demorado, tenho medo de não conseguir voltar.
   Trabalho neste mercado a quase 30 anos, desejo que o mercado realmente melhore, mas por enquanto não tem nada de bom ou novo para eu ficar feliz. Tenho muito movimento aqui, já pensou se eu não voltar? Isso aqui é minha vida, minha família. Acordo todos os dias com energia, porque sei que meus clientes estão me esperando para comprar meus biscoitos”.    
    Amaury teme que a sede provisória seja definitiva e dificulte o comércio dos feirantes. Sentimento não muito diferente da maioria dos comerciantes do Mercado Municipal. Todos temem que as vendas de seus produtos diminuam com toda essa mudança.


Conversa de Botequim

Por: Romário Júnior
Edição: Yan Tavares

   O Mercado municipal de Campos. tem 726 pontos comerciais entre bancas, boxes e lojas que empregam diretamente cerca de 1700 pessoas. Com características de negócio familiar, encontramos frutas, verduras, hortaliças e peixes, além de açougues, pastelarias, lojas especializadas em candomblé, ervas, remédios naturais, lanchonetes, papelarias, armazéns e os Botequins.

Robson de Souza Pereira, mais conhecido como Robinho.


   Frequentado por uma clientela fiel, que não abre mão de um bom tira-gosto, o Bar do Robinho, segundo ele próprio, é o mais famoso do Mercado Municipal, tanto que foi necessário expandir o negócio, tamanho o movimento nos finais de semana. Com o atrativo da especialidade do bar nos mais tradicionais petiscos de boteco, como mocotó, dobradinha, entre outros da qualidade, nos finais de semana, o Bar do Robinho tem hora pra abrir, mas não pra fechar.

   Após trabalhar na peixaria e em bancas de verduras no próprio mercado, Robson de Souza Pereira, de 40 anos, conta que já está no local há mais de 22 anos e desde então dedica boa parte do seu tempo ao mercado, "Desde que peguei o ponto, trabalho com tira-gosto e bebidas. Hoje o meu bar é tradicional porque as pessoas sabem que vão encontrar aqui uma comida de qualidade e um bom atendimento. Aqui temos comida fresca, gostosa e de qualidade. Quem vem aqui uma vez, sempre volta.", diz.

   Em função do grande movimento, Robinho hoje ocupa lojas dos dois lados, além do corredor, onde nos finais de semana, ele coloca mesas para melhor atender a freguesia. Sobre a rotina no mercado, ele afirma "Mercado e Rodoviária são locais onde tudo é possível, onde tudo acontece, já vi muita coisa aqui, mas com o tempo se acaba acostumando, até porque todo dia tem uma novidade, um cliente novo. Aqui se encontra uma mistura de tudo que não tem em lugar nenhum", analisa. 

Colaboração: Patrícia Bueno e Keilla Thederich

sexta-feira, 24 de abril de 2015

Freitas e o Arquivo do Mercado

Por: Leandro Neves
Edição: Amanda Barreto

                      


     Carlos Roberto Bastos Freitas possui graduação em Museologia e mestrado em Políticas Sociais pela Universidade Estadual do Norte Fluminense Darcy Ribeiro. Atualmente é profissional de nível superior aposentado da Universidade Estadual do Norte Fluminense Darcy Ribeiro onde atuava em pesquisa documental e docência. 

     O especialista é diretor do arquivo do Mercado Municipal de Campos dos Goytacazes. Um trabalho de suma importância para os moradores e para a cidade que tem o lugar como um Patrimônio. Para Freitas, o Mercado não é simplesmente um local de vendas e compras: ''O Mercado é o ponto de encontro da população da cidade. Nesse ponto as pessoas vão comprar alimentos, encontrar pessoas e saber as novidades. O mercado é o encontro de trocas de informações, vai além do comércio é muito mais que isso.'' disse.
   O arquivo do Mercado, feito pelo Freitas, foi disponibilizado para nós do Blog ''Tô no mercado'', mas pode ser encontrado também no link abaixo:





quinta-feira, 23 de abril de 2015

22 Filhos Criados à Banana

Por Amanda Barreto
Edição: Yan Tavares


     Esse é o Seu Amarinho, o galã do Mercadão. São 56 anos de Mercado Municipal, 22 filhos, 12 mulheres e muita história para contar...




História, Curiosidades, Dados e a Polêmica Reforma do Mercado Municipal de Campos dos Goytacazes

Por Romário Júnior 
Edição: Yan Tavares                 


      No dia 15 de setembro de 1921, há mais de 93 anos era inaugurado em Campos, o novo Mercado Municipal, pelo então prefeito Benedito Gonçalves Pereira Nunes (nos anos de 1928 há 1930). Hoje famoso pela variedade de produtos e serviços, o mercado, segundo informações do diário do nordeste, recebe um público diário de 3 mil pessoas e gera cerca de 2 mil empregos. 
    O mercado municipal vai passar por uma reforma, segundo a prefeitura de Campos, devido a  necessidade de mais espaço e organização no local, para se tornar mais acessível tanto ao público como aos feirantes. Mas mudança de local e reforma, estão causando muitas divergências de opiniões.
   Um exemplo disso é a Socióloga Carmem Eugênio no vídeo abaixo onde conta a história, explica algumas curiosidades e expõe sua opinião sobre a mudança do Mercado Municipal de Campos do Goytacazes. Veja:




   





Uma Visão Com Mais de 40 Anos no Mercado

Por: Yan Tavares
Edição: Amanda Barreto


     O feirante Paulo César Rangel - há mais de 40 anos no Mercado Municipal - declarou o que, em sua opinião, os próprios feirantes poderiam fazer para melhorar a situação em que trabalham. Ele disse que a culpa por problemas como falta de higiene no local, não é só da administração.     
    César é um dos tantos que concorda que a saída deve ser conjunta, entre feirantes e peixeiros. Enfim, defende a tese de que se não for assim, piora para todos. O feirante ainda relata a situação atual e o que pensa sobre um futuro próximo.