quarta-feira, 22 de abril de 2015

A História do Mercado e o Futuro dos Comerciantes


Por: Leandro Neves
Edição: Yan Tavares
                                                                  
     Comidas típicas, objetos, peixes e muitas outras variedades de produtos e alimentos são encontrados no Mercado Municipal de Campos dos Goytacazes. Está localizado há 93 anos no Centro do município, e foi criado por Benedito Gonçalves Pereira Nunes, que foi prefeito do município entre os anos de 1928 e 1930.
     Segundo o Instituto Historiar, cerca de 2.200 pessoas trabalham nos diversos setores que comercializam alguns produtos difíceis de serem encontrados em supermercados, como animais para abate, produtos artesanais, artigos de umbanda, cela, couro, chapéu, ervas medicinais e sementes variadas, além das cerca de 70 toneladas mensais de peixe fresco que chegam nas primeiras horas da madrugada e que são comercializados de segunda a segunda.
     Ainda de acordo com o Instituto, a Cidade de Campos dos Goytacazes contava com o antigo Mercado da Praça do Roccio, na Rua Formosa, em frente à Estação de Ferro Campos - São Sebastião, que já não comportava mais espaço para um bom atendimento ao público. Nessa perspectiva, em 1917, o então prefeito Dr. Luiz Caetano Guimarães Sobral, viu a necessidade da construção de um Mercado Novo na Praça Azeredo Coutinho, que só ficou pronto em 15 de setembro de 1921. A escolha do local se deu devido à facilidade de chegada e escoagem dos produtos do Mercado através do Canal Campos-Macaé, no qual deslizavam várias embarcações com pesadas cargas de cereais.
     Mesmo com toda a variedade e facilidade em encontrar o que precisa em um único lugar, comerciantes e clientes sonham com um mercado reformado e reestruturado, para melhor higiene e melhores condições de trabalho. De acordo com o diretor do Mercado Municipal, Sidney Garcez, a reforma trará apenas benefícios à população e aos comerciantes que trabalham no Mercado. “Com a reforma teremos um local com mais higiene, o piso será totalmente trocado, teremos uma estrutura elétrica, esgoto, móveis novos, ou seja, faremos de tudo para que o local seja apreciado e possa oferecer um serviço melhor do que já oferecemos hoje”, disse o diretor destacando que diariamente cerca de 5 mil pessoas passam pelo local.
     Mas, se para alguns a reforma irá trazer mais tranquilidade e melhores condições de trabalho, para outros a reforma gera insegurança e medo com relação à queda nas vendas. Trabalhando no mercado há 32 anos, o comerciante Claydivan, dono do Açougue e Mercearia Santo Amaro, não é a favor da reforma: ‘’Acho que isso não trará benefício algum, pelo contrário, só irá atrapalhar aos comerciantes nas vendas.’’ disse.   
     Uma das preocupações dos comerciantes é o local para onde serão deslocados enquanto o mercado estiver passando pela reforma, mas segundo o secretário de Obras, Edilson Peixoto, os comerciantes não ficarão sem trabalho, já que serão deslocados para locais próximos ao Mercado.




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