quinta-feira, 11 de junho de 2015

A última página!

Por Amanda Barreto
Edição: Romário Júnior


     É como chegar ao fim do livro: sua mente possui novos conhecimentos e seu coração novas histórias; você não é mais o mesmo.
     A única diferença, é que nesse livro, os personagens eram de carne e osso. Os contos, mais que lidos, foram vividos, abraçados e sentidos. Ganhamos biscoitos e sorrisos.
     Se algum de nós não conhecia o Mercado Municipal antes desse trabalho, certamente não se verá fora dele, depois do capítulo final.
     Hoje se encerra nosso projeto de 2º período, e aqui ficam registradas as histórias, as pesquisas... as pessoas!!!


Feirante sustenta família com a venda de milho

Por: Romário Júnior
Edição: Yan Tavares

   Há 30 anos trabalhando no Mercado Municipal de Campos com a venda de milhos, Nelson Morais ou "Nelson do milho" - como é conhecido pelos seus fregueses e consumidores, fala sobre sua vida dentro da feira e de como as coisas mudaram negativamente para ele, "O nosso trabalho aqui é muito exaustivo, e não temos valorização e estrutura para exercer nosso trabalho com dignidade. Acordo às 3h, e às 5h tenho que estar com tudo pronto, mas hoje infelizmente, as vendas caíram drasticamente. Em torno de anos atrás, eu vendia em uma semana aproximadamente cerca de 1200 milhos, hoje consigo vender metade, em um mês". 



   O senhor Nelson, se diz orgulhoso com a profissão e agradece aos milhos, por o que conquistou, "Foi com a venda do milho que comecei a ganhar algo na vida e sustento até hoje minha famílias, assim criei meus filhos e vou seguindo em frente", concluiu o feirante.

O amor pelo Mercado

Por: Geovana Barcelos
Edição: Romário Júnior

Há cinco anos nos Mercado municipal de Campos, Rodrigo Souza ajuda o seu sogro na feira, sempre que lhe sobra um tempo e com isso, tira algum dinheiro extra que o ajuda bastante no final do mês. Sobre o processo de reforma para a revitalização do Mercado, Rodrigo revela ter medo de acabar perdendo essa renda extra que obtêm, devido à mal localização do que seria a localização provisória  do Mercado e fazendo do camelô um parâmetro, ele pensa que podem ser dias difíceis.


 "O camelô mudou de local e teve prejuízo, tenho medo que isso possa acontecer com o Mercado" afirmou o feirante. Além do medo de ficar no prejuízo, há também a apreensão que se modifique sua localização em caso de um possível retorno, "Tenho medo de quando voltar, ficar em um lugar escondido" finalizou Rodrigo.

quarta-feira, 10 de junho de 2015

"Nós estamos enfrentando um recomeço'', afirma feirante.

Por Leandro Neves
Edição: Amanda Barreto


     Há 14 anos trabalhando em sua banca com artigos para presentes - como bolas, pelúcias  e bolsas - Jorge da Rocha Barcelos é mais um entre os muitos vendedores que sofrem com a baixa das vendas no atual camelódromo. Há 1 ano, o feirante está no atual ponto e revela que os produtos não são tão vendidos como no antigo local.



     ''As vendas estão paradas. Antes eu trabalhava no antigo ponto e já tinha os fregueses certos. Ao mudar, houveram dificuldades de localização. Estamos alcançando novos fregueses, mas a travessia da rua e a dificuldade em encontrar os nossos boxes, dificulta a vida dos compradores. Toda mudança enfrenta dificuldades, nós estamos enfrentando um recomeço'', afirmou o feirante.
     Seu Jorge, tira todo o seu sustento do mercado e conta que entrou para o ramo de vendas porque desde a infância, percebia que levava jeito para o comércio. 



terça-feira, 9 de junho de 2015

"Eu acho tudo o que preciso aqui", afirma consumidora.

Por Amanda Barreto
Edição: Romário Júnior 



     Georgina Rodrigues Figueiredo tem 59 anos, mora em Vila Velha, e faz do Mercado Municipal parada obrigatória todas as vezes que visita a cidade de Campos.









segunda-feira, 8 de junho de 2015

De onde vem a carne do Marcado Municipal de Campos


Por: Alexandre Henriques
Edição: Yan Tavares

   É de grande importância para os consumidres, saber de onde vem o produto que vai para sua mesa. Diante disso, você consumidor do Mercado Municipal, tem aqui a resposta para tal. E fomos buscá-la, em entrevista com três açougueiros do Mercado.





  
   O pirmeiro entrevistado é Leonardo de Souza, que revela que a carne vendida em seus açougue é escolhida por um frigorífico que o revende,"O gado que vendo aqui, geralmente vem de Bom Jesus e São Franciso do Itabapoana" disse Leonardo.
   




  
   Já seu Manoel Francisco, hoje com 70 anos, contabiliza mais de 50 anos em seu açougue. Neste tempo, criou e sustentou sua família - cinco filhos e três netos -, com a renda obtida no Mercado. Perguntado sobre de onde vem a carne, ele revela que vem do mesmo lugar de Leonardo, "O animal que vendo aqui vem de alguns municípios, mas os principais são Bom Jesus e São Franscico do Itabapoana", revelou seu Manoel.







  
   Por último, Fernando Ribeiro declara que a carne que vende ali, vem de três municípios, "Além de São Francisco, minha carne vem de Campos e Macaé.
    Ele diz ainda que a fiscalização tem ajudado, com relação à procedência da carne, "Com este trabalho de fiscalização feito desde onde compramos, tem colaborado há alguns anos, afinal nós ficamos mais seguros na hora de comprar para revender, e o consumidor na hora de comprar conosnco para seu consumo", concluiu o açougueiro. 









Entre um bate papo e outro, a gente molha a palavra


Por: Jhonny Diorel
Edição: Yan Tavares


   Política, mulheres, futebol, são alguns dos principais assuntos de boteco. Mulheres, esse assunto, sobra história, todas com vantagens favorecedoras, claro aos frequentadores e contadores de "causos". O tira gosto, já quase frio, esquenta as línguas afiadas dos novos e velhos personagens sempre presentes no mesmo cenário, com as mesmas falas decoradas, os mesmos temas, os desabafos de alguma coisa ou de coisa alguma.
   À frente de tal negócio, o gerente, atendente, ouvinte, mediador, apaziguador, ou simplesmente dono do boteco. Quanto a mediar, talvez fosse melhor dizer fazer média? Afinal, o freguês tem sempre razão, e não contrariar a clientela é regra básica, para não correr o risco de perdê la, assim o lema destes, é nunca discordar. 






   Nos botecos do Mercado Municipal, não é diferente, e os assuntos prometem, quanto ao que se é consumido e nem sempre é pago - os famosos fiados -, fica registrado, ou melhor, pendurado no famoso e empoeirado caderninho de ocorrência, de anotações, ou mesmo de fiados. De fato, fica tudo em casa, opa, no boteco, que já tornou-se para uns, endereço referencial, ou mesmo fixo, para aqueles que viram parte deste ambiente com as famosas falas: daqui não saio, daqui ninguém me tira, não, aqui me ninguém me trai, e oh, não me empurra não hein.
   Assim, caminha a vida nos botequinhos do Mercado, cheio de histórias, bebidas na mesa, muitos frequentadores e quase sempre, os mesmos, sempre com as mesmas desculpas para o fiado naquele tal caderninho famoso, que para a tristeza do dono do recinto, continua a todo vapor. Fato é que este, ouve sempre a mesma ladainha de seus amigos clientes e caras de pau, assíduos no local, aquela velha e repetida frase do tipo: "Pendura aí, que hoje eu tô sem um pau para atirar no gato!", e assim seguem estes estabelecimentos e clientes, mantendo suas tradições e a tradição do nosso Mercado.