domingo, 7 de junho de 2015

Se chorei ou se sorri, o importante é que no Mercado eu vivi!

Por: Aline Mendes
Edição: Yan Tavares

   Regina Freitas Benz tem 74 anos e toda uma história ligada ao Mercado Municipal de Campos. Mesmo não sendo feirante, ela vivenciou e é hoje parte da história dali. Afinal, morava ali em frente, na pensão de dona Dorinha - sua mãe, que na verdade se chamava Isabel -, então localizada na rua Barão de Amazonas, “A pensão alugava quartos e minha mãe, Isabel, fornecia marmita para pessoas de fora. Os dormitórios eram ocupados por meninos de Itaboraí, que vendiam laranjas na feira. Eu inclusive, gostava muito de ir à feira com minha minha mãe, adquiri o hábito de pegar a comida de minha casa e dar aos pobres - como chama os mendigos -, peguei apreço por eles. Depois, passei a ir até lá, para levar o jantar para um primo que vigiava o Mercado na parte da noite", conta de início, esta que ainda teria muita história pela frente.
   Ela relembra que sofreu com a enchente de 1966, quando em 15 de janeiro - dia de seu aniversário -, teve que se afastar, "A pensão começou a rachar paredões enormes, infelizmente não havia condições de ficar. Então, nos mudamos provisoriamente para a rua do Rosário. O Mercado também sofreu. Aliás, nesta época vi pessoas andarem de barquinho na Lapa - o cais ainda não tinha sido construído. Depois disso, voltamos e vivemos por mais dois anos lá, até que não houve mais condições", disse a filha de dona Dorinha.
   Após relatar uma triste passagem, dona Regina nos conta sobre uma pracinha, onde se divertia naquela época, "Onde hoje é o camelódromo, existia uma pracinha com alguns banquinhos de ferro, era o que tinha pra gente fazer, nada mais, e até gostávamos. Era onde íamos para namorar, conversar, se distrair, era o nosso lazer. Hoje carrego uma lembrança linda e muitas saudades de tanta história", declarou alguém que vive desde sempre a história deste patrimônio histórico e cultural da cidade, e também dirige-se a ele, como "o nosso Mercado".

                  Contribuições:Hélvio Cordeiro

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