quarta-feira, 3 de junho de 2015

"Este é o segundo maior atentado à memória cultural de Campos", diz Renato Siqueira sobre projeto de reforma.

Por Yan Tavares
Edição: Amanda Barreto



   Dentre tantos projetos referentes à reforma e revitalização do Mercado Municipal - variados tipos de proposta já foram apresentadas -  o destaque fica por conta da defesa da preservação do patrimônio histórico de Campos, debate que já vem ganhando força pelos menos desde 2003, ano da primeira proposta apresentada. "Este atual projeto é o segundo maior atentado à memória cultural  da cidade, perdendo apenas para a derrubada do Trianon no Boulevard Francisco de Paula Carneiro", enfatizou o arquiteto e urbanista, professor Renato Siqueira.



Foto: Divulgação



   Quanto aos projetos já propostos, Renato destaca dois projetos de revitalização do Mercado que em sua opinião, seriam os melhores para cada permissionário, "Para a feira livre,  penso que o melhor projeto, seria o proposto em 2003, pelo arquiteto Sérgio Dias, na rua José Alves de Azevedo, próximo às mediações da avenida Princesa Isabel. Seria algo amplo, com estacionamento, espaço para embarque e desembarque de ônibus, enfim, toda uma infraestrutura necessária para proporcionar conforto e comodidade aos usuários. Já para os camelôs, vejo como ideal, a proposta feita em 2008, pela antiga  Secretaria de Planejamento, hoje extinta pelo atual governo. Neste, o camelódromo ficaria na Barão de Amazonas, entre as ruas Tenente Coronel Cardoso e Siqueira Campos, evitaria o sucateamento do Mercado, e daria espaço e comodidade aos vendedores."        Sobre as questões que envolvem o Mercado Municipal como patrimônio, o professor volta a se declarar totalmente contrário à atual proposta da Prefeitura, aprovada pelo de Preservação do Patrimônio  Arquitetônico Municipal (Coppan), "A ideia deve ser dentro das condições que o prédio histórico comporta, adequado  às condições de trabalho e preservação do patrimônio, ao contrário do que se está propondo, algo que apresenta ainda agravantes em condições de trabalho e de ambiência."
    Vale lembrar que o Mercado de Campos possui dois processos de tombamento. O primeiro, no Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), ainda em início de tramitação, já o outro processo, se dá no Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Cultural (Inepac), este já na Casa Civil, prestes a ser encaminhado ao gabinete do governador. O Coppan já realizou o tombamento do Mercado, mas hoje assumiu um papel omissivo, traduzido pelo próprio Renato Siqueira, "O Coppan não cumpriu com sua função institucional, que era o de preservar o patrimônio público da nossa cidade", concluiu Renato.


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