sábado, 9 de maio de 2015

O Mercado Municipal deveria mudar de lugar?

Por: Aline Mendes
Edição: Yan Tavares

   Os diferentes interesses quando o assunto é o Mercado Municipal de Campos dos Goytacazes, acabam dificultando um consenso sobre o que seria melhor para todos, ou ao menos para a grande maioria. Os permissionários pensam diferente das autoridades, que pensam diferente dos consumidores. O Superintendente Municipal de Cultura e presidente do Conselho de Preservação do Patrimônio Municipal (Coppam), Orávio de Campos Soares, acredita que o Mercado Municipal deveria mudar de lugar.

 
   Segundo ele, onde hoje está localizado o mercado, deveria se tornar um centro de cultura. "Como falo a diversas pessoas interessadas neste assunto, o lugar ideal para o mercado seria o centro de compras, um lugar fora do centro da cidade. O lugar onde está hoje, deveria ser um lugar bonito, um  centro de cultura com bibliotecas, centro de alimentação, de lazer, de cinema, entre outras coisas. Mas não tem jeito, os feirantes já  trabalham ali há 50, 60 anos."
   O trânsito nas imediações do Mercado fica complicado quando se tem caminhões fazendo descarga e muitos consumidores reclamam da dificuldade de estacionar. A mudança em definitivo, não provisória como acontecerá durante as obras, deveria ter sido feita antes, hoje a lei proibi fazer, agora já está lá e não há mais o que fazer", afirmou o declarado consumidor de toda a feira do Mercado Municipal da cidade. Ainda sobre essa questão de patrimônio histórico, o presidente do Coppam, dá sua última opinião, falando sobre a questão da restauração, "O que se discute hoje é a questão de reformar para que se possa salvar o patrimônio, e fazer com que o mercado paire dentro do cenário urbano da cidade, mas penso que, dentro do cenário em que hoje se encontra o mercado, não há mais possibilidades."
 Quanto à localização, o também professor de Jornalismo opina sobre a escolha, em 1921, da instalação onde se encontra até os dias atuais, o Mercado Municipal. "Ali estava exatamente a beira do canal Campos x Macaé, e além disso tinha uma lagoa chamada Lagoa do Furtado ou Lagoa do Osório, onde se podia descartar as sujeiras vindas de todo o espaço", concluiu Orávio.

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