sábado, 2 de maio de 2015

Uma parada no tempo

Por: Aline Mendes
Edição: Yan Tavares

 Em espaços de tempo cada vez mais reduzidos, vemos diversas notícias sobre a situação desesperadora ou, no pior dos casos, a destruição de um bem de nosso patrimônio. Independente de onde esteja situado, por quem ou quando foi construído, o patrimônio precisa ser preservado para as gerações futuras. A degradação do patrimônio é resultado de anos de descaso, fatores naturais e depredações.

  Referência na história do município, a torre do Mercado Municipal, é uma das mais belas imagens do Centro de Campos, mas basta prestar um pouquinho de atenção para notar que o relógio instalado no ano de 1921  parou de funcionar há muito tempo. O prédio onde está localizado o relógio foi reformado duas vezes, mas poucos foram os investimentos feitos para tentar recuperar o equipamento. Atendendo ao pedido de um amigo que trabalhava no Mercado, o relojoeiro Edel Freitas (já falecido), foi responsável pela manutenção do relógio durante dez anos. Ele contava que o relógio foi fabricado na França e que foi a própria natureza que se encarregou de danificá-lo. “Infelizmente, um raio na torre danificou o relógio”, disse o relojoeiro à época.

Foto: Arquivo Helvio Cordeiro

Foto: Arquivo Helvio Cordeiro 
  De acordo com alguns engenheiros e pesquisadores, a torre e o relógio do Mercado fazem parte do patrimônio histórico e precisam ser inseridos nas obras de reforma e restauração.
Foto: Arquivo Helvio Cordeiro

Foto: Arquivo Helvio Cordeiro 


  O patrimônio cultural mostra o trabalho, a arte, o amor e o cuidado que as gerações passadas tiveram. Uma cidade vive na memória de seus habitantes, e quando se desfaz de seu passado, torna-se uma cidade perdida no tempo, sem memória, sem vida, e sem referência acaba comprometendo seu futuro.


Contribuições: Helvio Cordeiro, Cheyenne Moraes e Luis Henrique Barreto.

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