sábado, 16 de maio de 2015

"Somos a última opção", diz feirante.

Por Romário Júnior
Edição: Amanda Barreto

     As pessoas que tem o costume de ir bem cedinho à feira e frequentam diariamente o Mercado, dificilmente pararam para pensar em algo muito interessante: se você chegou ao amanhecer para comprar o que deseja, imagina há quanto tempo os feirantes já estão acordados para te fornecer as verduras mais frescas?

     É o caso de Ademir Alves da Silva, que está na feira livre desde os 14 anos. Hoje, com 54 anos, ele acorda às 2 horas da manhã, chega ao Mercado uma hora depois, e já começa o batente: arma sua barraquinha, organiza a mercadoria e às 4 da manhã já está tudo pronto para vender as diversas variedades de frutas, verduras, hortaliças e lacticínios. Esse é a sua rotina diária, e dessa batalha que ele tira o sustento da família. 



     O senhor Ademir ainda ressalta que a vida de um feirante não está nada fácil, ele diz que é preciso muito esforço para conseguir sobreviver trabalhando dentro do mercado. "Hoje em dia, as vendas e o movimento caíram drasticamente; os feirantes, inclusive eu, trabalhamos para sobreviver. O movimento só melhora do dia 1 ao dia 15 de cada mês, porque as pessoas do interior, que recebem seus pagamentos, vêm ao mercado para fazer a feira. Não temos estrutura para concorrer com supermercados ou hortifrutis, somos a última opção de boa parte da população de Campos", lamentou.


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