quarta-feira, 27 de maio de 2015

Plantou esperança, colheu alegria, ficou na lembrança.

Por Leandro Neves
Edição: Amanda Barreto

     
    Há 37 anos trabalhando no Mercado Municipal com a venda de hortaliças e verduras, Jorge Gertrudes ou "nó cego" - como é conhecido pelos feirantes e consumidores - conta um pouco sobre a sua vida e sobre os cuidados com produto com o qual trabalha.
     Em 1978, quando tinha 35 anos de idade, Jorge alugou um terreno e criou ali uma horta. O feirante era lavrador e produtor, além de vendedor ambulante. Sua renda não era boa, então ele começou a vender picolé e peixes para aumentar o ganho. Com o dinheiro arrecadado nas vendas, o comerciante começou a investir em outros terrenos para a criação de hortas, até chegar ao número de cinco lotes. Com um salário melhor, ainda em 1978, Jorge comprou um ponto no Mercado Municipal, onde está até hoje.




      Sua rotina estava ficando exaustiva. Enquanto tinha a sua própria horta, ele precisava acordar às 3h00 para colher as hortaliças e verduras, e em seguida, levá-las ao mercado. Hoje, o alimento revendido por ele, vem de Friburgo e de Teresópolis. Um caminhão trazendo as suas mercadorias, chega às 23h00, e às 4h00 termina todas as entregas. Jorge, atualmente, acorda às 5h00 e às 6h00 começa a arrumar seus produtos de venda. Para não estragar as verduras e hortaliças, o vendedor as armazena num isopor coberto de gelo, para que o alimento continue fresco e sem riscos de apodrecer. 
     Seu Jorge dedicou metade de sua vida ao mercado, viveu em períodos em que os feirantes trabalhavam com gosto e com alegria no rosto, pois a clientela era enorme; mas hoje, aos 72 anos, o vendedor afirma com um tom de tristeza: ''Não gosto mais do trabalho no Mercado. É um serviço muito preso e além disso, infelizmente, as vendas vem caindo bastante'', afirma. 

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